Hoje celebra-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas. Porquê?

As zonas húmidas têm uma grande importância ecológica, pela sua capacidade de melhorar a qualidade da água, sequestrar carbono da atmosfera, mitigar efeitos de inundações e manter a biodiversidade, entre muitas outras. No entanto, a crescente pressão humana ao nível de alterações no uso do solo, salinização, presença de espécies invasoras, sobre-exploração, entre outros fatores, tem contribuído para a degradação destes ecossistemas, provocando impactos negativos para os serviços de ecossistemas, biodiversidade e saúde humana.

Desde a adoção da Convenção sobre Zonas Húmidas, em 1971, na cidade iraniana, Ramsar, que se celebra a importância das Zonas Húmidas no dia 2 de fevereiro.

Este ano, o tema é “Ação de Zonas Húmidas para Pessoas e Natureza”, com o objetivo de apelar à ação pelas zonas húmidas através de investimento financeiro, medidas políticas e iniciativas sociais para impedir o seu desaparecimento e restaurar as que já estão degradadas.
 

Em Portugal, existem 31 locais considerados “Zonas Húmidas de Importância Internacional” (Sítios Ramsar), entre os quais se encontra a Pateira de Fermentelos, em Águeda. Esta zona representa um dos maiores lagos de água doce da Península Ibérica, com diferentes tipos de habitats que albergam espécies de aves migratórias ameaçadas e reúnem condições ecológicas que favorecem o refúgio e desova dos peixes.

 

A Ria de Aveiro e todas as áreas da bacia do Vouga e dos seus afluentes, como a Pateira de Frossos, perto de onde se localiza a sede da Associação BioLiving, são zonas húmidas de importância ecológica, algumas protegidas pela Rede Natura 2000, cuja conservação e gestão merece todo o cuidado e atenção.

Pateira de Frossos (Albergaria-a-Velha)
BioRia (Estarreja)
Lusitanica (Estarreja)

Entre muitos trabalhos de gestão e conservação da natureza da BioLiving, realizados ao longo da Ria de Aveiro, destaca-se o programa de voluntariado anual, em colaboração com o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), o Município de Estarreja e o Centro de Interpretação Ambiental – BioRia, que pretende controlar as populações de espécies exóticas invasoras presentes, como a erva-das-pampas, mas também colaborar na manutenção dos trilhos pedestres, na construção de abrigos para a fauna e na limpeza do rio Antuã, entre outras tarefas.

 

Na Pateira de Frossos, colaboramos na monitorização e caracterização da fauna e flora e realizamos regularmente atividades de sensibilização e de interpretação, contribuindo para a sua valorização e salvaguarda.

 

Em relação ao nosso projeto de gestão integrada e sustentável do território, o Lusitanica alberga vários habitats associados a zonas húmidas, tais como ribeiros permanentes ou temporários e charcos por nós construídos, para aumentar a disponibilidade de água nos terrenos, em Canelas (concelho de Estarreja).

 

Prevê-se que a pressão humana e as alterações climáticas conduzirão à degradação de cada vez mais zonas húmidas, pelo que é o nosso dever contribuir para a sua conservação, a começar hoje. O caminho pode ser feito através de Natureza e Educação para todos(as).

Para saber mais sobre o Dia Mundial das Zonas Húmidas, é possível visitar o website e conhecer os 31 sítios portugueses designados como Zonas Húmidas de Importância Internacional (Sítios Ramsar).

 

 

 

Sobre a BioLiving:

A Associação BioLiving é uma Organização Não-Governamental de Ambiente (ONGA), cujo trabalho se foca em quatro áreas de atuação:

🌱 Conservação da Natureza;

🌱 Educação e Formação Ambiental;

🌱 Monitorização e Consultadoria Ambiental;

🌱 Ação e Inclusão Social.

Depois de mais de uma década de trabalho em prol da natureza e da educação ambiental, nasceu, em 2016, em Frossos, Albergaria-a-Velha, a Associação BioLiving, com o objetivo de levar “Natureza e Educação para Todos”, em Portugal e no estrangeiro.

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